Segundo Pesquisa Datafolha, 31% dos brasileiros são evangélicos.
Pesquisa Datafolha deste ano aponta que 50% dos brasileiros são católicos, 31%, evangélicos, e 10% não têm religião. Ainda de acordo com o levantamento, as mulheres representam 58% dos evangélicos e são 51% entre os católicos. Concluída a apuração das eleições municipais em todo o Brasil, já é possível se verificar que influência de religiosos no pleito foi superestimada pelos governantes e políticos. O presidente, governadores, prefeitos e candidatos achavam que o apoio religioso seria decisivo. E isto não aconteceu na dimensão projetada.
DESGASTE
Alguns estudiosos de religião apostam que “o neopentecostalismo está desgastado”. Eles dão alguns exemplos: aqui no Rio, o deputado Otoni de Paula, eleito com mais 100 mil votos e 1 milhão de seguidores, não elegeu o pai. O pastor Silas Malafaia apoiou para vereador Alexandre Isquierdo, que suou a camisa para se eleger no Rio. O mesmo aconteceu com o Apóstolo Waldemiro Santiago, da Igreja Mundial, que não elegeu vereador o afilhado Matheus Floriano (PSD). A Igreja Católica não elegeu um aliado. No segmento Espírita, não existe mobilização específica, como a dos evangélicos. Uma coisa é o discurso contra a intolerância, outra coisa é o discurso de que “espírita vota em espirita” como fazem os neopentecostais. Chamou atenção a distância da eleição por parte das igrejas tradicionais (presbiterianos, batistas, metodistas e adventistas). E os poucos desse segmento que participaram, optaram pelo Eduardo Paes.