Eduardo Paes ganhou a disputa com Marcelo Crivella para a Prefeitura do Rio.
A disputa do segundo turno no Recife e no Rio de Janeiro foram as mais agressivas do Brasil. As feridas deixadas pelo embate de Eduardo Paes e Marcelo Crivella na cidade maravilhosa precisarão de tempo para serem curadas. Há um temor entre os que cercam o prefeito eleito que Crivella possa criar embaraços para a transição. César Maia, que já comandou a Prefeitura do Rio por três vezes, pediu aos seus colegas vereadores que fiquem muito atentos a tudo o que for enviado à Câmara. O vereador mais votado do Rio, Tarcísio Motta, do PSOL, fez um alerta: “Essa é minha maior preocupação nesse momento. Além de péssimo gestor, Crivella se mostrou capaz de manobras e mentiras absurdas para tentar reverter o resultado negativo das urnas. O que será capaz de fazer agora? Vamos precisar mais do que nunca da Câmara e do TCM fiscalizando mais que nunca e da imprensa informando a população o tempo todo. A vida dos cariocas está acima de qualquer disputa política.”
ARAPUCAS E MANOBRAS
A preocupação do QG de Paes são duas. A primeira é que Crivella não pague o 13º salário e jogue a bomba no colo do prefeito do DEM. “Isso é um pepinaço, porque assumiria uma Prefeitura em pé de guerra, com funcionários, não duvido nada, que invada o prédio da Prefeitura, daí para cima”, disse uma fonte. A segunda é que, “para pagar o 13º, o que o Crivella vai ter que fazer? Como ele não tem dinheiro, ele simplesmente vai suspender o pagamento de todos os fornecedores. Ele não tem outra saída. Então, significa que todas as áreas – saúde, educação, transportes, obras -, que recebem vão parar de receber, inclusive aqueles da chamada ‘máquina’, o dia a dia, luz, gás, telefone, tudo. Isso para ele honrar o pagamento do 13º, porque ele sair sem pagar o 13º seria realmente o fundo do poço para o Crivella. Ou se paga o 13º e se paralisa totalmente a máquina, ou paga os fornecedores”.