A persistência da pandemia desaconselharia os festejos do Carnaval mesmo em julho. Com planejamento, porém, é possível salvar uma festa tão importante para o Rio
CRIANÇAS SEM MÁSCARA — A questão é delicada e deve ser mantida, na medida do possível, distante das paixões. Os ânimos estão exaltados e basta que alguém defenda a flexibilização dos mecanismos de controle da pandemia para logo ser tratado como um inimigo da Saúde pública.
IMUNIDADE — Da mesma forma que não podem se dar ao luxo de abrir mão da receita gerada pelo Carnaval, a cidade e o estado também não devem por em risco a saúde da população. Pelo calendário do momento, os eventos oficiais de fevereiro foram cancelados e os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí, adiados para os dias 11 e 12 de julho. Isso, porém, não basta.
A VEZ DA CIÊNCIA — É possível fazer algo para garantir que a festa aconteça sem que isso leve ao aumento da taxa de contaminação? A tentação inicial é responder que não: seria uma temeridade. O bom senso, no entanto, diz que, se as condições não existem, é possível cria-las. O primeiro cuidado a ser tomado, claro, é a intensificação da vacinação. Todos os esforços, a partir de agora, devem ser concentrados na direção de uma campanha ampla e sem atropelos.